“Ei! volta aqui, menino! Sol tá quente!”
Mas já na rua a pipa se elevando,
da bola nos seus pés o drible quando
os garotos se põem à sua frente.
A mãe há de esperar, ela que aguente.
Corre-corre de amigos em seu bando,
o ataque à base do outro sempre brando,
brincar faz da criança pura gente.
A fantasia faz da vida encanto,
e tudo permitido era à vontade,
limite criativo nunca tanto.
O menino de outrora então me invade,
no espelho, pois, me vejo longe e canto
à criança que em mim deixou saudade.