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Márcio Moraes
no leito solidário de uma floresta altiva descansem por favor a minha poesia
Textos
meu reino


movo água com meus ósculos
ovócitos
a esponja nos meus poros míseros
poríferos

o gatilho dispara
veneno no mar
corais nos cabelos
olho a medusa e petrifico em vários
cnidários

solitária
parasito meus hóspedes
regenero
minha larva de mitos
platelmintos

nas areias de minha praia
amarelão de fezes
longas brigas nos intestinos
nematelmintos

o sangue suga
em minha oca terra vídeos
anelídeos

mastigo pico lambo sugo
gafanhoto mosquito abelha borboleta
na crosta de teias lacro escorpiões
ser ó podes
artrópodes

viajo mole no nautilus
sem ver ostras
como um lusco
molusco

sem estrela no mar ou no céu
nem lírios nem serpentes
a vida quando nos dermos
equinodermos

ar água terra
com fogo verter brados
e suster nas mamas
fados da vida
no cor dos homens lançar dados
cordados

in.: MORAES, Márcio. assim alado. São Paulo: Catrumano, 2011, p. 35.

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Márcio Adriano Moraes
Enviado por Márcio Adriano Moraes em 05/05/2013
Alterado em 21/12/2013
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